“Formação de Professores Pré e Pós Revolução Industrial – Desenvolvimento Docente em Foco” – por Lorrane Mares da Mata
Por muitos anos, a responsabilidade da educação da sociedade era da igreja – esta que detinha todo o poder sobre os setores políticos, econômicos e sociais, tanto no período medieval – onde a sociedade feudal organizava-se em clero, nobreza, camponeses e servos, quanto na idade moderna – com advento da revolução industrial e a revolução francesa: dois grandes marcos que contribuíram para que a sociedade chegasse ao formato atual.
O professorado no século XVII possuía corpo de saberes e de técnicas e um conjunto de normas e valores específicos que os constituíam docentes. Essas características chamadas de corpo de saberes e técnicas constituíam-se na capacidade do professor de atuar, de ter sua notória especificidade para ensinar. Já o conjunto de normas e valores diz respeito aos modelos religiosos de agir perante o público educacional, o professor deveria ter conduta, postura, caráter, dignos dos conceitos da igreja. Estes pressupostos eram cruciais, pois a partir do século XVIII, o professor para atuar, deveria possuir uma licença concedida pelo Estado e um dos requisitos eram idade, moral e todas essas características citadas acima, nesse sentido pode-se afirmar, então, que o Estado estaria recrutando os profissionais da educação.
Já no século XXI, após todo o desenvolvimento industrial, na forma de pensar e agir, com a globalização e avanço das tecnologias que possibilitam as pessoas receberem informação a todo o momento, deve-se repensar também a formação de professores.
Um Estado é considerado laico quando oficialmente é imparcial em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. É o que acontece com o Brasil. Nesse sentindo, o recrutamento dos professores acontece por meio de concursos públicos, processos seletivos, entrevistas e afins.
Quantas mudanças no processo de formação de professores desde o advento do capitalismo! Hoje, a escola não prepara o aluno apenas para o mercado de trabalho, ensina valores e desenvolve para a vida! Por isso a real necessidade de refletir a formação docente.
Em Encantado, A LUME CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL iniciou o trabalho com os docentes em 2013, abrangendo até o ano vigente (2017) aproximadamente 32 Formações Pedagógicas.
A Coordenadora Pedagógica da LUMECEP, Taís Zorttea, afirma que: “o projeto possui uma proposta de trabalho aberta, o que permite que as escolas iniciem o trabalho em qualquer época do ano letivo. Sua estrutura se desenvolve a partir da realidade de cada comunidade escolar, buscando, assim, a participação efetiva e permanente da direção, supervisão, coordenação, professores e alunos. Por essa razão, adapta-se a todas as escolas que desejarem atualizar seu processo de ensino-aprendizagem.”
Uma opção para Encantado e região de desfrutar de um trabalho pautado na seriedade, qualidade e compromisso com a comunidade escolar. Tendo em vista o ganho para professores, alunos e familiares: fortalecendo esta tríade, teremos, de fato, uma sociedade desenvolvida, que consiga acompanhar as mudanças que a globalização trouxe e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, e o mais bacana, aprendizagem atualizada!
Referências:
ARRUDA, J. J. A.; PILETTI, N. Toda A História. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1999.
COUTRIM, G. Historia Global Brasil e Brasil e geral. Vol. Único: Saraiva, 2002.
NÓVOA, A. (Org). Profissão Professor. 2ª ed. Porto, 192 p. 2014.
PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2008. p. 15-34.
Lorrane Mares da Mata
Pedagoga
Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional