O que mudará e o que permanecerá inalterado no mercado de trabalho no ano que está começando
Tanto para os jovens que buscam uma profissão, quanto para os profissionais seniores que aspiram crescimento de carreira, saber o que o mercado espera dos profissionais é o primeiro passo para começar este ano com o pé direito.
Setores e profissões em alta
São inúmeras as questões que podem ser analisadas, mas primeiramente destaco os principais setores que deverão crescer neste ano: infraestrutura, petróleo e energia. Com a retomada do crescimento da engenharia no país, as oportunidades aumentaram e melhoraram tanto para profissionais seniores quanto para juniores. Falta mão de obra não só na construção civil, mas também na siderurgia, metalurgia e petroquímica. Os setores mais recentes, como biocombustíveis e os da cadeia de petróleo, também devem ter maiores demandas. No sul, a construção naval entrará em evidência devido às obras em portos como o de Rio Grande e de Itapoá, além da reforma no de Paranaguá.
Além disso, o mercado de Tecnologia da Informação deve se consolidar, sobretudo em marketing digital, criação de aplicativos para plataformas mobile e também para o novo sistema operacional Windows.
Quanto ao meio acadêmico, o professor universitário com mestrado e, principalmente, doutorado será mais procurado e melhor remunerado – sobretudo em instituições particulares de ensino. No Brasil, ainda há carência de docentes mestres e doutores no ensino superior, o que se apresenta como um quadro problemático, porém também como oportunidade para quem deseja seguir essa carreira.
Qualificações
Não basta ter apenas um diploma em uma destas áreas para garantir um bom salário. Para quem aspira trabalhar ou crescer numa multinacional, deve buscar, além da graduação, uma pós-graduação e também um mestrado. O MBA ainda é válido, mas ele consta como uma pós-graduação, e não mestrado. Este último está sendo cada vez mais valorizado não só no meio acadêmico, mas também no mundo dos negócios.
Haverá também maior valorização dos tecnólogos, trazendo em evidência os cursos técnicos oferecidos nacionalmente. Com a complexidade das empresas e processos, esses profissionais devem ser multifuncionais, proativos e saber trabalhar em equipe. Não basta mais ser bom tecnicamente em uma área específica, é preciso ter essas habilidades relacionais e comportamentais. Entretanto, para posições de maior complexidade, um curso técnico não é o suficiente e o profissional deve buscar as especializações comentadas anteriormente.
Remuneração
Quanto à remuneração, é bom prestar atenção nas áreas específicas. Novas profissões e áreas com poucos profissionais qualificados farão com que as empresas ofereçam salários mais altos. Isso acontece de acordo com a peculiaridade e/ou especificidade do trabalho.
De forma geral, segundo pesquisa feita pela ECA International, o salário médio dos brasileiros crescerá 7,5% em 2013 (o índice não inclui a inflação). É uma média menor que a do ano passado, 8%, mas ainda maior que a dos Estados Unidos e Canadá, que mantiveram o mesmo crescimento de 3% dos últimos dois anos.
Hoje, mais que nunca, é exigido que os profissionais tenham boa experiência profissional, amplo currículo acadêmico, além de habilidades comportamentais compatíveis com a empresa. Portanto, fique antenado às tendências deste novo ano e, quem sabe, encontrará excelentes novas oportunidades de trabalho. |